quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Tudo pronto para a castanhada.

Ao contrário do que possa parecer, o tempo aqui no Alentejo não para nem corre devagar. Na Cooperativa Agrícola e Florestal do Porto de Espada, que tradicionalmente abastece a Feira da Castanha de Marvão, não há tempo a perder. Outubro e Novembro é a altura da apanha e é aqui onde muitos produtores locais a deixam para fazer a limpeza, seleção e calibragem.

Num passeio pelos soutos encontrámos um grupo de mestras especializadas na apanha da castanha. Da esquerda para a direita está a Antónia, que vende os pintos mais gordinhos da região no mercado de Castelo de Vide e não só, a outra Antónia, a espanhola, em seguida está a Teresa e a Rosalina.
A Vera Gomes, que é administrativa na cooperativa e conhece bem o mundo das castanhas fez-nos uma visita guiada pelo processo de tratamento e seleção deste fruto. Primeiro as castanhas são deitadas num reservatório, a tulha, onde as mais pequenas e com defeito são separadas e normalmente dadas a comer aos javalis. Em seguida é calibrada e separada por diferentes tamanhos. Passa por outro tapete onde se faz uma última escolha manual e finalmente são dirigidas para os rolos de limpeza para polimento. Depois é retalhá-las, procurar uma braseira e comer.

O Sr. Avelino Alfaiate, mais conhecido por Fernando Alfaiate, é produtor de castanha e associado da cooperativa. Exemplificou rapidamente como se separa o fruto dos espinhos. Em baixo o Pedro Vaz dá uma vista de olhos na maquinaria. Enquanto houver castanhas não pode parar.